Amigos, cento e dez, ou talvez mais,
Eu já contei. Vaidades que eu sentia:
Supus que sobre a terra não havia
Mais ditoso mortal entre os mortais!
Amigos, cento e dez! Tão serviçais,
Tão zelosos das leis da cortesia
Que, já farto de os ver, me escapulia
Às suas curvaturas vertebrais.
Um dia adoeci profundamente. Ceguei.
Dos cento e dez houve um somente
Que não desfez os laços quasi rotos.
Que vamos nós (diziam) lá fazer?
Se ele está cego não nos pode ver.
- Que cento e nove impávidos marotos!
Pinturas de Armanda Passos, minha pintora preferida.

terça-feira, 17 de agosto de 2010
Nostalgia
Andava uma andorinha a voar
Com seu ar liberto e ofegante.
Inquietante
Na paz transparecida,
Quase até provocante!
Cá em baixo, meditando…
Acompanhava seu trajecto esvoaçante
Com ciúme delirante,
Do seu caminho aliciante.
Observando….
Reparei que me olhava
E fiquei envergonhado,
Passado!
Por ter sido o escolhido,
Por ter sido o contemplado!
Levantei-me de pronto
Espantado!
Sempre observado,
Por aquele animal enfeitiçado
Tonto.
E após um sorriso,
Após um momento
Falou-me do seu sentimento,
Por vezes incompreendido
Esquecido!
Assim contaria seu segredo
De seu voo sem tecto
Bonito e pleno de afecto,
Fantástico !
Irrequieto.
Dançava um Concerto de Bach
Nesse dia de Primavera fria
Brincando
Voando
Cheia de Nostalgia…
Com seu ar liberto e ofegante.
Inquietante
Na paz transparecida,
Quase até provocante!
Cá em baixo, meditando…
Acompanhava seu trajecto esvoaçante
Com ciúme delirante,
Do seu caminho aliciante.
Observando….
Reparei que me olhava
E fiquei envergonhado,
Passado!
Por ter sido o escolhido,
Por ter sido o contemplado!
Levantei-me de pronto
Espantado!
Sempre observado,
Por aquele animal enfeitiçado
Tonto.
E após um sorriso,
Após um momento
Falou-me do seu sentimento,
Por vezes incompreendido
Esquecido!
Assim contaria seu segredo
De seu voo sem tecto
Bonito e pleno de afecto,
Fantástico !
Irrequieto.
Dançava um Concerto de Bach
Nesse dia de Primavera fria
Brincando
Voando
Cheia de Nostalgia…
Subscrever:
Mensagens (Atom)