A noite em sua negritude
De lua fugidia
Faz brotar ao jardim onde avistam os meus olhos
As régias flores notívagas
Bebendo ao caldo a metamorfose
Dos astros
Servidas na esquina da rua
Onde caminhamos de passos
Tu e eu.
Nuvens densas, como a libélula
Salteando ventos e todos os beijos
Todos os beijos
( meus lábios também)
tatuaram tua boca de sedas e sangue
Teu perfume de ervas
E canto.
De meu amor a querer e mais
Os sonhos que habitaram,
Incólumes viajantes.
Imagens translúcidas
Projectadas sobre os dois travesseiros
Onde deitas
Na cama de madeira crua
As árvores em vida que já foram
E a nova estação de imagens se diluem
aos matinais clarões do amanhecer
Ficou da noite a sensação dos sonhos
Fica do dia ser amante dos teus sonhos.
AO POETA DAVID, COLEGA NA ANTOLOGIA DE POESIA DELICATTA, SÃO PAULO 2010, AGRADEÇO QUE TENHA PUBLICADO ESTE POEMA EM SEU BLOG ,
ResponderEliminar.ABRAÇO
CARMEN FOSSARI